26 de jun. de 2011

O reggae é o nosso som






O reggae não pode ultrapassar, nem ir para outro lugar
Ele tem que ficar nesse lugar
Nas favelas, nos morros, nos ouvidos do verdadeiro povo.
Ele é a representatividade dos pobres, miseráveis e esquecidos
Ele é a voz do povo
Esse povo tão humilhado e massacrado por esse sistema.



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25 de jun. de 2011

Um bocado de amor

Ia de carro, trem ou avião
Pra encontrar o meu amor eu ia até de busão.
À ele entreguei meu coração
Agora não tem mais como pegar
Ele mora longe.

Eu só queria um beijinho
Acompanhado de carinho
Pra ver meu bem, juntinho
E um abraço acochadinho
Como um coraçãozinho só.






(Pra você)

22 de jun. de 2011

O meu coração vou deixar viver

É inevitável
Se te vejo, meus olhos brilham
Se não, meus olhos choram
Choram de saudade do seu aconchego
Do seu sorriso sincero
E do seu jeito menino
Desajeitado de ser.

As nuvens que passam por nossas cabeças
Nos indicam o caminho
Eu moro aqui
Você no norte
Eu penso na distancia
Você no futuro.

Ando por essa vida
Carros, casas, pessoas, amores
Ou melhor, momentos.
Amores não!
Amores mal amados
O amor não se resume apenas nesse agora
Ele é conquista
Passa por todos os obstáculos
E vem a ser amor eternamente.

13 de jun. de 2011

Da luta à resistência

Coletivamente
Sou raça negra
Sou da cor humana.
Juntos
Somos o som e a força dos Caetés
Misturando capoeira e toré
Temos a resistência
Desses tão humilhados
E tão esquecidos
Marcados pela força do sistema
Que alimenta a crueldade dos coronéis
À ponto de um ser humano ser um objeto.
Somos raça, coragem e resistência
A luta não pára aqui,
Eu vou correr
Vou salvar o irmão da senzala
Vou tirá-lo das mãos dos senhores de engenho
E acabar com esse mito
Que índio é preguiçoso
Que negro é ladrão
E juntos não são gente.
Com batuque e minha voz
Eu vou incomodar
Eles vão ter que me ouvir
Que aqui
Só tem um povo querendo ser feliz
Afro, Caeté, brancos e mestiços.

Prisioneiros

Centenas de asfalto me mostram o quanto é difícil.
Sou pessoa
Carne, osso e coração
Sou pessoa.
Meus sonhos tornam-se impossíveis
Diante essa comédia trágica
Chamada "Sistema Capitalista"
Onde corrói todos os meus desejos
Destrói todos os meus planos.
Entre você e eu
Tudo fica colorido
Incandesce
Até eu não conseguir mais enxergar.
Nosso amor sumiu no meio do mapa
Do tempo e das terras
Que estão entre nós
E empatam minha voz.
Vou pra casa,
Tentar sorrir com o pouco que ganho por mês
Tomar umas cervejas
Fumar uns cigarros
Porque ir até você
Meu salário não paga.