13 de jun. de 2011

Da luta à resistência

Coletivamente
Sou raça negra
Sou da cor humana.
Juntos
Somos o som e a força dos Caetés
Misturando capoeira e toré
Temos a resistência
Desses tão humilhados
E tão esquecidos
Marcados pela força do sistema
Que alimenta a crueldade dos coronéis
À ponto de um ser humano ser um objeto.
Somos raça, coragem e resistência
A luta não pára aqui,
Eu vou correr
Vou salvar o irmão da senzala
Vou tirá-lo das mãos dos senhores de engenho
E acabar com esse mito
Que índio é preguiçoso
Que negro é ladrão
E juntos não são gente.
Com batuque e minha voz
Eu vou incomodar
Eles vão ter que me ouvir
Que aqui
Só tem um povo querendo ser feliz
Afro, Caeté, brancos e mestiços.

Um comentário:

Christiano Barros disse...

Lindo o que escreveste. Fez-me pensar em muita coisa. É bom perceber as pessoas e saber como elas percebem as coisas por meio do que elas escrevem. Adorei o seu blog!